A reutilização dos materiais que integram as baterias, nomeadamente o lítio é apenas um de cerca de 20 projectos que vão nascer no CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos Funcionais em Vila Nova de Famalicão. O projecto será financiado pelo PRR – Plano de Resiliência Nacional, no qual o Citeve  e o CeNTi estão envolvidos e que, no total, implicam um financiamento de cerca de 80 milhões de euros. “Daqui a cinco anos, o Citeve e o Centi vão ser completamente diferentes”, disse hoje António Braz Costa, Diretor Geral destes organismos, durante uma visita do Presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, aos novos laboratórios do Citeve e às novas instalações do CeNTi, no âmbito do Roteiro Famalicão Created In.

O Citeve Technology Campus é cada vez mais uma realidade em Famalicão, gerando-se a partir daqui conhecimento para as empresas. Conhecimento novo, traduzido em inovação, sobretudo nas áreas da sustentabilidade, da bioeconomia, transição digital, design e produto para a circularidade e performance, entre outras vertentes.

As novas instalações do CeNTi  que estão em fase de conclusão são já uma infraestrutura que vai permitir dar resposta a alguns destes novos desafios que, segundo Braz Costa, vão implicar a contratação de cerca de duzentos novos investigadores, que se vão juntar aos cerca de 320 já existentes.

“A palavra de ordem é criar, criar, criar”, disse Mário Passos, mostrando-se completamente sintonizado com a missão do Citeve e do CeNTI.  “Este é o caminho para que as empresas produzam valor acrescentado, se desenvolvam, criem riqueza e aportem desenvolvimento e riqueza ao território”, disse. E acrescentou, “todos temos de ajudar, com disponibilidade total, para criar condições de desenvolvimento por forma a que este ecossistema económico e social seja cada vez mais evoluído, robusto e musculado, para que os desafios do futuro sejam enfrentados”.

“A nossa filosofia sempre foi andar à frente do tempo e hoje, com as novas valências que estão a ser criadas no Citeve Technology Campus, estamos a criar condições para sermos capazes de responder aos desafios desta nova agenda do PRR e dar um novo salto, enorme, naquilo que é a investigação e o desenvolvimento para o futuro das empresas”, referiu Braz Costa.