Os autarcas de Famalicão, Santo Tirso e da Trofa estiveram ontem reunidos com a administração e responsáveis pela maternidade, ginecologia e obstetrícia do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) com o objectivo de abordar o futuro da maternidade do Hospital de Famalicão, agora que está garantida a manutenção do serviço em funcionamento pela direcção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Numa nota de imprensa em que dão conta dos resultados do encontro, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão adianta que "o responsável pelo Centro Hospitalar, António Barbosa, agradeceu o empenho dos autarcas na luta pela permanência da Maternidade", e que considerou “muito importante” esse envolvimento para o desfecho que se veio a verificar. Este agradecimento que foi retribuído pelos autarcas aos responsáveis pelo hospital “pelo seu empenho e trabalho em prol de um serviço público de qualidade exemplar”.
Entretanto, Mário Passos, Alberto Costa e Sérgio Humberto reafirmaram a sua disponibilidade e compromisso em acompanharem a maternidade de Famalicão no seu crescimento qualitativo. “Estamos a falar de um equipamento essencial para a região, que desenvolve um trabalho de reconhecida qualidade, um serviço público estruturante para o presente e futuro dos nossos municípios”, referiu a propósito no edil famalicense.
Lembre-se que o encerramento da maternidade do Centro Hospitalar do Médio Ave foi uma das possibilidades adiantadas pelo estudo da Comissão de Acompanhamento de Resposta às Urgências de Ginecologia/Obstetrícia, possibilidade entretanto descartada pelo Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde.
O CHMA está inserido numa região de grande força e vitalidade económica e social, servindo cerca de 250 mil habitantes. A administração tem sede em Santo Tirso, gerindo o Hospital Conde de São Bento, em Santo Tirso, e o Hospital S. João de Deus, em Famalicão. Em 2022, o Centro Hospitalar do Médio Ave registou um total de 1175 nascimentos, um acréscimo de 17 por cento em comparação a 2021.
Os três presidente da Câmara, que desenvolveram um ação concertada na defesa da manutenção da maternidade, que permitiu ganhar força política e sensibilizar o poder central para o erro que seria o encerramento da maternidade de Famalicão, reforçam o seu contentamento com a decisão e reafirmam o seu compromisso “em contribuir para manter e elevar a qualidade dos serviços prestados no Centro Hospitalar do Médio Ave”.
