No segundo assalto ao multibanco de Pedome, os assaltantes procuraram lançar a confusão sobre a investigação que já estava em curso. De acordo com o funcionário da carrinha de valores visado no assalto de Novembro de 2019, depois de um primeiro em Março, foi surpreendido por dois indivíduos, com máscaras de “um focinho de javali”, um deles armado, que lhe gritaram palavras em espanhol: “la maleta!”, e “la outra”, referindo-se ao segundo cacifo que tinha ido carregar. No entanto, não tem dúvidas que os dois homens eram portugueses, e que aquelas expressões tinha sido apenas uma tentativa de engodo, uma vez que pela última frase que dirigiram “falavam bem português e sem sotaque”.

Isso mesmo resultou do testemunho do funcionário da Esegur, que depôs esta semana no Tribunal de Guimarães, no processo em que cinco indivíduos estão acusados de um total de dez assaltos, entre os quais três em Vila Nova de Famalicão - dois em Pedome e um em Calendário -, e outros sete a máquinas multibanco e cidadãos de nacionalidade chinesa nas zonas do Porto, Guimarães e Braga. No total ter-se-ão apropriado de 376 mil euros.

As últimas audiências decorreram sem os arguidos presentes na sala, uma vez que os dois estabelecimentos prisionais onde se encontram detidos preventivamente estão em situação de quarentena, face a casos de Covid-19 entre a população prisional. A solução foi a de assistirem por videoconferência, mas apenas um não pediu dispensa, e tem acompanhado o decurso do julgamento.

Mais pormenores na edição desta segunda-feira do jornal O Povo Famalicense.