PS desvaloriza investimento municipal de "25 cêntimos por m2" na Rede Municipal de Trilhos

O PS de Famalicão diz que o discurso em que a Câmara se coloca como "grande defensora do ambiente (...) não se vê no terreno". 

Para o efeito o PS pega no recente anúncio da criação de uma Rede Municipal de Trilhos da Natureza, que se traduz num "investimento municipal de 25 cêntimos por metro!", atendendo a que o montante municipal anunciado é de 15.613,32 euros para 62,3 quilómerros de trilhos. Os socialistas pegam mesmo nas palavras do presidente da autarquia, Paulo Cunha, a propósito da verba afecta à iniciativa para ironizar sobre o "esforço" que tem um peso de meros 25 cêntimos por metro quadrado.

No entanto, refira-se que o investimento global no projecto não é aquele que o PS invoca na nota de imprensa. De acordo com informação municipal aquando do seu anúncio, foi apontado um montante global de 104.088,80 euros, contando com um cofinanciamento na ordem dos 85 por cento, ou seja de 88.475,48 euros. A quantia a que o PS se refere é a da comparticipação municipal em sede de projecto cofinanciado por fundos europeus. No total, o investimento na criação de uma Rede Municipal de Trilhos é superior a 1670 euros por metro quadrado, 0,25 euros dos quais de verbas municipais.

Em nota de imprensa, o partido recorre às declarações do edil sobre a rede de percursos, a qual alega que "estrutura a oferta de um produto turístico, em articulação com os ativos culturais e naturais existentes, e com a oferta de alojamento local e restauração", e que justifica "o esforço do investimento proposto, permitindo, alavancando e proporcionando um desenvolvimento mais coeso e em rede dos aglomerados rurais, como estrutura de uma oferta turística especifica, mas com necessidade de promoção”. Face à desproporção entre o investimento municipal e os objectivos, o PS desvaloriza o "esforço" e frisa que "Vila Nova de Famalicão necessita de uma verdadeira política ambiental;  uma política pensada, estruturada, relevante e executada todos os anos e não apenas de quatro em quatro anos".

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