Casa das Artes retoma programação

Abril marca o regresso da Casa das Artes à programação regular, depois de um período de encerramento por força das restrições motivadas pela pandemia de Covid-19.

Numa primeira fase, o desconfinamento cultural faz-se online, com o acesso à cultura e à arte pelos canais de transmissão via redes sociais.

Noite de Primavera de Luís Mestre, Teatro Nova Europa, abre a programação no dia 10 de abril, às 21h30, com live streaming a partir do palco do Grande Auditório.

Noite de Primavera, a segunda noite da Tetralogia das Estações do dramaturgo Luís Mestre, mergulha-nos num arquivo de memórias, ambições e visões da juventude que assombram quatro vidas numa noite intensa deflagrada pela insónia.

A interpretação é de Ana Moreira (atriz e realizadora), Carlos Silva (coreógrafo e bailarino), Tânia Dinis (performer e artista visual) e Zeca (cantora e fadista). Esta é uma co-produção Teatro Municipal do Porto/Teatro Nova Europa, com o apoio da Casa das Artes de Famalicão, Centro de Arte de Ovar, Cine-Teatro de Estarreja e Companhia Instável

O segundo ato da programação dá lugar à música, com Álvaro Cortez, na percussão, e Isabel Romero, ao piano. Espetáculo a 17 de abril, às 21h30, em live streaming a partir do Grande Auditório.

O concerto abre com “Frozen in Time”, de Avner Dorman. A obra pretende, por um lado, regressar a um tempo em que a morfologia geográfica era diferente da atual, evocando ambientes e sons de acordo com esses antigos continentes; por outro, mesclar todos os tempos num só, ao fazer referência a estilos musicais de vários períodos históricos. De Cage, percorremos várias facetas do compositor: uma mais nostálgica, representada pela “Round”; e ainda uma mais percussiva, com “Soliloquy”. Adiciona-se um elemento novo ao concerto, através da composição de John Psathas para Marimba, Junk Pecussion e Eletrónica. “One Study” é pleno de virtuosismo, energia e glória. Por fim, o espetáculo termina com a obra de Gerassimez, composta em homenagem a Piazzolla, deste, indo buscar o contraste entre a tensão e o lirismo.

Nos dias 22, 23 e 24 de abril, com horários sujeitos a confirmação, a Casa das Artes de Famalicão estreia EU NUNCA VI UM HELICÓPTERO EXPLODIR de Catarina Ferreira de Almeida e Joel Neto.

A encenação de Luísa Pinto, com interpretação de António Durães, Filipa Guedes, Luísa Pinto, Rui de Noronha Ozório, Constança Antunes e o jornalista Fernando Alves. A co-produção é Narrativensaio-AC com a Casa das Artes de Famalicão e a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.

A entrada custa seis euros, ou três euros para estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e seniores (a partir dos 65 anos).

A sinopse descreve: Numa casa no campo, por via da pandemia da covid-19, um homem e uma mulher têm de escrever em conjunto uma peça de teatro. O que na vida de todos os dias não ousariam dizer um ao outro alimenta a escrita, esbatendo fronteiras entre fantasia e realidade.  No palco, pessoas filmadas evocam perplexidades e interpelam os atores. E o diálogo conjugal, cómico ou simplesmente cruel, redime-se numa rotina criativa propiciada pela mudança da cidade para a aldeia. Que casal será este, afinal? O que veem nele os novos vizinhos e até os amigos do passado? A que lugar pertencem esse homem e essa mulher: à aldeia onde se reencontraram ou à cidade onde se conheceram? E como poderão escrever sobre isso, juntas, duas pessoas com impulsos criativos e métodos de trabalho tão distintos – ela que escreve para dizer o que pensa, ele que escreve para perceber o que sente?

Em fundo, a pandemia é vivida com especial dramatismo nos grandes agregados populacionais. O mundo debate-se com todos os géneros de restrições à liberdade, e a vida passa a ser vivida nos ecrãs. Um tempo assustador e fascinante, embora nem por isso para aquele casal – o confinamento sempre foi o seu modo de vida. Mas, a reboque desse privilégio, vem também a inquietante sensação de se viver à margem da realidade...

Uma reflexão sobre a evolução de um casamento, as rivalidades sobre as quais ele pode disputar-se, os desejos e as frustrações em jogo; o gesto criativo, os seus diferentes métodos e motores e a medida de conciliação a que é possível aspirar; os desafios de uma epidemia única em mais de cem anos e a vertigem daquilo a que chamámos aldeia global.

Teatro, cinema, radio, televisão, internet – eis um espetáculo que cruza todas essas linguagens.

A primavera que grimpa em abril revela também a estreia de IntraNzyt 0.0, a primeira produção da Companhia Intrazyt, numa co-produção: Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão / Casa das Artes de Famalicão, Câmara Municipal de Loulé / Cineteatro Louletano

Espetáculos marcados para 29 e 30 de abril, em horários sujeitos a confirmação, no Grande Auditório.

Entrada: quatro euros, ou dois euros para estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e seniores (a partir dos 65 anos).

A INTRANZYT CIA. Jovem é uma novíssima companhia de dança, sediada em Famalicão, mas de âmbito europeu e surge com o objetivo de preencher uma lacuna no panorama da dança nacional, no que diz respeito ao momento de transição dos jovens bailarinos do mundo académico para a realidade do universo profissional da dança. É missão da INTRANZYT Cia. Jovem apoiar bailarinos recém-formados, oferecendo-lhes uma plataforma onde se possam concentrar em desenvolver o seu talento, num ambiente profissionalizante de uma companhia de dança. A INTRANZYT Cia. Jovem está a criar um repertório plural e eclético, com criações próprias e de outros criadores e companhias associados e a promover a circulação da companhia no território nacional e no estrangeiro. A companhia irá privilegiar a apresentação de trabalhos de coreógrafos e criadores portugueses, muitos deles radicados no estrangeiro há muitos anos, com trabalho reconhecido internacionalmente e que por vários motivos ainda não tiveram a oportunidade de se apresentar em território nacional.   A INTRANYT Cia. Jovem tem neste momento no seu elenco, bailarinos de diferentes territórios de Portugal, Itália, França e Japão.

Com a parceria, indispensável, da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, da Casa das Artes de Famalicão e ainda do Cineteatro Louletano, da Compagnie Illicite-Bayonne, do Augsburg Ballet, da Orquestra Sem Fronteiras, da Associação ESTUFA, da Companhia Olga Roriz e dos estúdios Dance Fusion, a companhia estreia o seu primeiro programa – Intranzyt 0.0 - composto por três peças coreográficas que abrem caminho à linha artística e estética da companhia, sendo duas delas estreias nacionais e uma estreia absoluta. Este primeiro espetáculo, assinado por: Fábio Lopez, Ana Isabel Casquilho, Cristina Pereira e Vasco Macide, dará início à criação de um repertório de dança que se quer criador de valor para os bailarinos, profissionais, companhias e parceiros envolvidos no processo, assim como para os públicos.

 

Sessões para cinéfilos estão de regresso

 

Estão de volta também as sessões de cinema em parceria com o Cineclube de Joane. Estas, ocorrem às 19h00 no Pequeno Auditório da Casa das Artes.

No dia 22 de abril é projetado MUSEU de Alonso Ruizpalacios.

Durante a madrugada do dia 25 de dezembro de 1985, os estudantes Juan Núñez e Benjamín Wilson (Gael García Bernal e Leonardo Ortizgris) entram no Museu Nacional de Antropologia da Cidade do México, enganam as fortes medidas de segurança, e roubam artefactos de grande valor etnográfico. Assim que soa o alarme, as autoridades mexicanas fazem de tudo para encontrar os culpados e recuperar o saque antes que seja levado para fora do país. O que ninguém poderia imaginar era que o crime tinha sido cometido por ladrões amadores que se veem a braços com um grave problema: agora que são procurados pela polícia, como vão encontrar quem que se arrisque a fazer negócio com o resultado do assalto mais badalado do país? Estreada na edição de 2018 do Festival de Cinema de Berlim - onde venceu o Urso de Prata para Melhor Argumento -, uma comédia de ação com assinatura de Alonso Ruizpalacios (“Gueros”), que se baseia em factos reais.

A 29 de abril, é exibido LISTEN de Ana Rocha de Sousa.

O drama vivido por uma família portuguesa emigrada no Reino Unido, a quem os serviços sociais retiram a guarda dos três filhos, que consideram em risco de sofrer danos emocionais, desencadeando os protocolos do sistema de adoção forçada. Desesperados, os pais tentam encontrar uma forma de provar que são capazes de cuidar das crianças, antes que seja demasiado tarde.  Primeira longa-metragem da atriz e realizadora Ana Rocha de Sousa, "Listen" é uma co-produção entre a Bando à Parte e a Pinball London. Rodada nos arredores de Londres, conta com elenco encabeçado por Lúcia Moniz, Ruben Garcia e Sophia Myles. Foi distinguido com o prémio Bisato d'Oro de melhor realização – um dos galardões paralelos do Festival de Cinema de Veneza – e venceu também o prémio Sorriso Diverso Venezia "pela sua abordagem às questões sociais”.

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