O sacerdote e três religiosas do apelidado Convento de Requião começam hoje a ser julgados por nove crimes de escravidão, cometido contra jovens que que eram entregues aos seus cuidados, e que submetiam a agressões físicas e jornadas de trabalho violentas, para além de as privarem de autonomia e de contacto com os familiares.
Para além destas pessoas, que mediatizaram o processo, também um padre indicado pela Arquidiocese de Braga como representante do Centro Social associado ao convento irá responder como arguido.
O caso ficou conhecido em Novembro de 2015, altura em que a Polícia Judiciária, através da Directoria do Norte, efectuou buscas ao “convento” de Requião, depois de receber denúncias de maus tratos cometidos contra jovens que eram entregues aos cuidados da instituição.
O caso esteve sob investigação durante vários anos, até que a acusação é promovida em 2019. O despacho do Ministério Público atribuiu nove crimes de escravidão ao padre Joaquim Milheiros, fundador da instituição, três religiosas - Arminda Costa, Isabel Silva e Joaquina Carvalho, assim como o centro social que suporta a Fraternidade Cristo Jovem, uma organização reconhecida pela Arquidiocese de Braga como associação de fiéis.