Caso do Convento de Requião: Comissão Administrativa recebida à pedrada e impedida de tomar posse

A Comissão Administrativa indicada pelo Arcebispo Primaz de Braga para supervisionar o Convento de Requião, no rescaldo das suspeitas de maus tratos exercidos sobre noviças, foi recebida à pedrada e nunca chegou a tomar posse. Isso mesmo adiantou ontem em tribunal o sacerdote nomeado por Dom Jorge Ortiga como representante do Centro Social e Apoio e Orientação da Juventude, afecto àquela comunidade religiosa.

Abel Arantes de Faria deixou claro que a Diocese procurou compreender o que se passava, e quis exercer a sua tutela moral sobre a instituição, mas a primeira vez que a Comissão Administrativa se dirigiu ao Convento para tomar posse “era esperada por cerca de duas dezenas de pessoas, que nos insultaram, apedrejaram, e chegaram mesmo a agredir um sacerdote”. De acordo com o padre, cuja qualidade de representação faz dele arguidos no processo, a espera foi feito da parte de fora do Convento e era composta por leigos, que “diziam que íamos lá para tomar posse de património que não era nosso”.

O processo remonta a 2015, altura em que a Polícia Judiciária fez buscas no Convento de Requião, o que culminou com a acusação do fundador da Fraternidade, Joaquim Milheiros, e três irmãs - Arminda, Isabel e Joaquina -, por nove crimes de escravidão cometidos contra noviças que eram integradas na comunidade. Também Abel Arantes de Faria é arguido na qualidade de representante do Centro Social, não obstante ser alheio ao quotidiano e práticas da fraternidade religiosa.

Mais pormenores na próxima edição do jornal O Povo Famalicense.

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