Noviça recordou "porrada de manhã à noite" no Convento de Requião

Aos 15 anos entrou para o Convento da Fraternidade Missionária Cristo Jovem, em Requião, e guarda de nove anos de permanência, até ao dia que fugiu com a ajuda de pessoa de fora da comunidade, experiências “traumáticas”, algumas ainda não totalmente superadas. Natacha Ramos, que de acordo com a acusação terá levado uma coça da irmã Arminda por não saber cortar um frango, o que confirmou em audiência, disse mesmo que “ainda hoje, quando cozinho, me lembro do que apanhei naquele dia, que fiquei com o olho todo pisado e me partiu a haste dos óculos”.

“Aquilo era uma casa de escravidão, obrigada a trabalhar em condições desumanas e levar porrada de manhã à noite”, relatou ontem em audiência ao colectivo de juízes do Tribunal de Guimarães, que julga Joaquim Milheiros e três irmãs da Fraternidade – Arminda, Isabel e Joaquina – por nove crimes de escravidão cometidos contra noviças que foram integradas na comunidade até 2015. Para além destes quatro arguidos, o processo envolve ainda mais um, um sacerdote incumbido pela Diocese de Braga de representar formalmente o Centro Social de Apoio à Juventude, instituição vinculada à Fraternidade.

Mais promenores na edição da próxima semana do jornal O Povo Famalicense.

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