SOCIALISTA JORGE COSTA PEDE POLÍTICA COM MAIS VERDADE E MENOS PHOTOSHOP

PS apresentou candidato à presidência da Assembleia Municipal

O candidato socialista à presidência da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão, Jorge Costa, entende que a democracia local “precisa de ser reorientada pela verdade” e que o “concelho está atrofiado e em gestão corrente há 20 anos”, afirmou, no último sábado, na apresentação pública da sua candidatura. Para aquele dirigente da Comissão Política Concelhia do PS, Famalicão carece de autarcas “mais comprometidos com a verdade e o bem comum e menos preocupados com a imagem e o Photoshop”.

Na sessão pública em que o Partido Socialista apresentou a lista com que concorre ao órgão deliberativo do município e a Comissão de Honra das suas candidaturas às eleições de 26 de setembro no concelho, Jorge Costa, advogado, 53 anos, criticou o “seguidismo” e o “taticismo cego” que, em sua opinião, têm norteado a conduta do atual presidente da Assembleia Municipal relativamente à Câmara. É uma prática que torna “difícil o escrutínio” e faz com que a relação entre os dois órgãos não assente numa “política de verdade”, verberou.

A sessão decorreu no Parque de Sinçães, na zona de verde da cidade, e teve mais de 500 pessoas na assistência. “Eduardo, não vás por aí. Não precisas de ser melhor. Só precisas de ser tu, autêntico como és. Fala sempre a verdade ao povo e não temas o trabalho e as atribuições da Assembleia Municipal. Recusa o Photoshop. Tu não precisas de Photoshop”, afirmou Jorge Costa, virado para o candidato a presidente da Câmara do seu partido, Eduardo Oliveira.

O cabeça de lista do PS ao parlamento local afiançou que “não quer cargos” e que “não depende da política”, pelo que “não será um presidente ausente”. Pelo contrário, acrescentou, estará “sempre presente”, tencionando “ajudar a preparar e ensinar todos aqueles que forem menos experientes nas lides parlamentares”, adiantou Jorge Costa, de cujo currículo político consta a eleição para deputado municipal em vários mandatos, sempre incluído em listas do PS. Foi também vereador na Câmara Municipal de Vila Nova Candidatura Autárquica do Partido Socialista em Vila Nova de Famalicão, no último mandato a que presidiu Agostinho Fernandes, e chegou a integrar também a Assembleia de Freguesia de Fradelos, a sua terra natal.

A  Assembleia Municipal tem as suas próprias competências e dignidade institucional. Com ele na presidência, declarou, “não será uma caixa de eco” da Câmara. É seu objetivo, caso eleito, “devolver o prestígio perdido” àquele órgão e contribuir para ajudar a “repensar um concelho que tem de ser para todos, onde todos se sintam famalicenses por inteiro e ninguém fique de fora”. Para isso, enfatizou, conta com “todos os elementos da lista” que encabeça, destacando a presença de Paulo Pinto, que segue em segundo lugar e lidera atualmente o grupo socialista na Assembleia Municipal.

Falando a seguir, Eduardo Oliveira retorquiu, dizendo que “não preciso de Photoshop para estar na política e falar abertamente” com as pessoas. “No meu dia a dia, como enfermeiro-parteiro, lido com pessoas e as suas emoções, com a sua felicidade. Assim continuará a ser, se for eleito. Falarei sempre abertamente para as pessoas e procurarei responder às necessidades do concelho de forma global e territorialmente equitativa”, afirmou. É com os famalicenses no centro da agenda eleitoral, vincou o também líder concelhio, que o PS está em vias de finalizar o seu programa eleitoral. Assentará, lembrou, em cinco eixos estratégicos: saúde, para “melhorar e inovar”; habitação, ambiente e qualidade de vida, a fim de “acrescentar e atrair ainda mais” a Famalicão; transportes e mobilidade, para “unir e facilitar a vida” aos famalicenses; economia, emprego e capacitação para a sociedade digital, para “continuarmos a crescer e qualificarmos competências para os desafios do futuro”; e educação, formação e cultura, para que “todos estejam incluídos e usufruam do que é da comunidade”.

Na mesma iniciativa com que o PS fechou a primeira fase da sua pré-campanha eleitoral no concelho, foi dada a conhecer a Comissão de Honra da respetiva candidatura autárquica, que integra 38 cidadãos, de vários quadrantes da vida social, política, empresarial e cultural famalicense, com e sem vínculo partidário. É presidida pelo advogado Paulo Lopes, que já fez parte da Assembleia de Freguesia de Lousado. A seu lado estão vários antigos presidentes de junta eleitos pelo PS, como Ivo Sá Machado (atual diretor do ACeS), Ernesto Ferreira da Silva, António Ribeiro, Adolfo Oliveira, Manuel Ribeiro ou Alcides Costa Araújo; o antigo deputado à Assembleia Constituinte Jerónimo Pereira; três antigos candidatos à presidência da Câmara (António Barbosa, Reis Campos e Nuno Sá, este também deputado à Assembleia da República e vereador em Candidatura Autárquica do Partido Socialista em Vila Nova de Famalicão; o antigo vereador e líder da bancada do PS na Assembleia Municipal, Rubim Santos; os empresários Joaquim Moreira Sampaio e Sílvia Couto; os atores Xico Alves e Sérgio Agostinho Martins; e a artista plástica Rosário Pedro. “Estamos aqui para juntar energias, para que a mudança aconteça. Queremos o melhor para o nosso concelho e vamos ajudar a eleger o Eduardo Oliveira e a sua equipa”, afirmou Paulo Lopes. 

ANA SOFIA ANTUNES VALIDA APOSTA ESTRATÉGICA NA SAÚDE

A sessão foi aberta pela dirigente nacional do partido Ana Sofia Antunes, atual secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, que validou a aposta estratégica dos socialistas famalicenses na saúde. No pós-pandemia, disse, “temos de reconhecer que, apesar dos investimentos feitos no último ano e meio, temos de continuar a apostar na saúde”. Essa é, acrescentou a dirigente socialista, a via certa para “recuperar a nossa normalidade”, mas também “redefinirmos as nossas prioridades” em função das “novas necessidades das pessoas e das comunidades, como Famalicão”. Daí que, com o recurso ao Plano de Recuperação e Resiliência e a instrumentos como o Portugal 2030, a “futura Câmara do PS deva pugnar por reforçar os recursos humanos e técnicos necessários para melhorar a resposta pública na área da saúde. E se há limitações físicas e de espaço, então não há que iludir a questão. A saúde das pessoas tem de estar primeiro”, salientou Ana Sofia Antunes. A dirigente do PS deixou também um apelo aos famalicenses que não se reveem na governação municipal atual, para que se juntem ao PS e a Eduardo Oliveira, porque “Famalicão merece mudar”. Chegou a hora, disse, de “dar mais oxigénio à vida política e à democracia local”.

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