Fértil Cultural estreia-se no Teatro Municipal da Guarda com "Hiena"

A companhia famalicense Fértil Cultural vai estrear-se no Teatro Municipal da Guarda. O ponto de partida para a peça a apresnetar surge durante uma viagem de carro onde, aquando as notícias da rádio, Rui Leitão, co-director da Fértil Cultural e encenador da peça, ouve os casos de corrupção e de enriquecimento ilícito e fraude a partir de movimentos de caridade no pós-incêndios de Pedrógão Grande. É aí que surge a ideia das hienas, um animal reconhecido pela sua capacidade de sobrevivência e pela ingestão de alimentos difíceis - até ossos.

O espectáculo rem estreia marcada para a próxima sexta-feira e sábado, dias 8 e 9 de Outubro. 

Regina Guimarães é quem escreve “Hiena” para “ajustar contas com a monstruosidade banalizada mas, ainda assim, demasiada humana para escapar ao nosso pasmado entendimento” e para “que percebam a minha inquietude, a tristeza de viver num país chamuscado, a incapacidade de mudar o rumo das coisas com as palavras”. Segundo o encenador, a ideia do espectáculo “passa por dar uma noção de conflito interno de como uma pessoa desesperada pelo dinheiro é capaz de tudo, até de ver na desgraça de outros a solução e de como isso é tão bem aceite que consegue ter aliados que acompanhem as suas ideias e que possam atacar em grupo”. Um espectáculo que põe o público em constante tensão à volta da própria Hiena, num cenário provocador de dúvidas construído por Sandra Neves. Até onde é que poderá esta empresária lucrar ilicitamente enquanto desenvolve um projecto de ajuda humanitária? Na realidade, ela pretende contribuir para o bem-estar da população afectada pela catástrofe, mesmo que desviando parte das receitas obtidas para colmatar as suas dívidas. Será assim tão má?

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