“Geringonça” pela negativa inviabiliza executivo na Junta de Ribeirão

Leonel Rocha, eleito presidente da Junta, diz que irá continuar a procurar entendimentos

mas não afasta cenário de novas eleições

 

Uma espécie de "geringonça", mas pela negativa, não permitiu a viabilização do executivo proposto por Leonel Rocha, aquele que pela coligação PSD/PP venceu as eleições do passado dia 26, ainda que sem maioria. 

Na Assembleia de tomada de posse deste domingo, os seis mandatos conseguidos pela coligação não foram suficientes para fazer valer a sua proposta, atendendo ao chumbo do movimento Juntos por Ribeirão, que obteve cinco mandatos, e do PS, que conseguiu apenas dois. Na soma, os opositores ao partido mais votado juntam sete votos que se sobrepõem à coligação.

Inviabilizado o executivo da Junta, Leonel Rocha assume a presidência na condição de cabeça de lista do partido mais votando, mas mantem-se assessorado por dois vogais do executivo cessante, atendendo à falta de acordo para viabilizar um novo elenco.

Em declarações ao Povo Famalicense, Leonel Rocha adianta que, consciente da sua condição de minoria face à soma dos dois restantes grupos eleitos, fez chegar propostas de acordo a ambas. Aquela que foi feita ao PS implicava que este assumisse a mesa da Assembleia desde que desse luz verde ao executivo proposto pela coligação PSD/PP. Na que foi feita ao movimento independente, da dissidente social-democrata Paula Cristina Santos, esclarece que "fomos mais longe", atendendo até ao peso superior que alcançou nas urnas quando comparado com o PS. Neste caso propôs a entrada no executivo da Junta e a mesa da Assembleia. "Às duas coloquei um terceiro cenário, que achei que não faz sentido, e que é o de as duas forças fazerem também parte da Junta de Freguesia", revelou, não sem referir que isso retiraria à Assembleia de Freguesia o factor independência face ao executivo.

"Colocadas as propostas esperei que nos dissessem alguma coisa ou fizessem uma contraproposta", sustenta, o que não aconteceu, remetendo para nova proposta sua "interpretando os resultados". "Efectivamente foi o que fiz, mas a interpretação dos dados para uns não é a mesma que para outros", constata, o que acabou por conduzir ao cenário de chumbo do executivo por parte dos dois partidos da oposição.

Leonel Rocha não rejeita um "entendimento", e adianta que irá continuar a procurar o diálogo com as duas forças políticas que divergem da coligação PSD/PP. "Estou aqui para querer o melhor para Ribeirão, e é também isso que espero da minha oposição", afirma, admitindo que se tal não acontecer a situação torna-se "insustentável" e Ribeirão terá que ir novamente a eleições nos próximos seis meses.

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