JOÃO VASCONCELOS E NORBERTO PIRES RETRATADOS EM ‘TOKEN’ NÃO FUNGÍVEIS

Robô-artista da ESI produz 50 exemplares de cada retrato em papel e no próximo sábado dois NFT ficarão eternizados na Blockchain

Homenagem de empresa de soluções de engenharia para a Indústria 4.0 na EMAF 2021

Uma empresa de base tecnológica especialista em soluções de engenharia para a Indústria 4.0 acaba de criar dois NFT (acrónimo da designação em inglês de “token” não fungível) com os retratos de João Vasconcelos, antigo secretário de Estado da Indústria, e do professor universitário e especialista em robótica Norberto Pires, precocemente falecidos em março de 2019 e em agosto passado, respetivamente.

Ambos serão lançados pela ESI no próximo sábado, último dia da 18.ª EMAF - Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços para a Indústria, certame para profissionais que nesta quarta-feira teve início na Exponor, em Matosinhos. O propósito é homenagear “dois líderes inspiradores para muitos empreendedores e empresários portugueses que acreditam em Portugal, no conhecimento e na capacidade da nossa engenharia e na força da indústria portuguesa para competir com os melhores na quarta revolução industrial”, explica Gil Sousa, administrador da empresa.

Os NFT reproduzirão o retrato que de cada homenageado desenha um robô-artista que a ESI tem no seu stand, durante os quatro dias daquela que é a maior feira ibérica de máquinas-ferramenta e tecnologia industrial. Serão impressos e numerados 50 exemplares de cada retrato apenas e os NFT “serão o espelho digital destas obras físicas, eternizando-as na Blockchain”, esclarece o responsável da empresa, realçando o facto de João Vasconcelos e Norberto Pires terem sido “duas das pessoas que mais de perto acompanharam o nosso trajeto empresarial e mais nos incentivaram”.

 No stand que tem na feira, a empresa dá destaque a um sistema robótico de soldadura controlado por um software que permite que um robô seja programado offline. Trata-se de um produto da multinacional alemã Fastsuite, representada no mercado nacional pela ESI. Com recurso à panóplia alargada de soluções de gestão de que a marca dispõe, na EMAF os visitantes podem apreciar, pela primeira vez entre nós, uma situação vivida em contexto de chão de fábrica segundo o conceito virtual de “Digital Twin” (gémeo digital).

Em Portugal, a empresa instalou, com assinalável êxito, uma solução destas num dos maiores fabricantes europeus de quadros de bicicletas. • ENSINAR O ROBÔ A DEFINIR TRAJETÓRIAS… LEVANDO-O PELA MÃO No espaço que ocupa no pavilhão 5 da Exponor, a ESI demonstra também as potencialidades da função “teaching” (ensinar), facilitadora da programação de um robô na definição de trajetórias, em ambiente de fábrica. Uma vez familiarizado com ela, o operador pode, literalmente, agarrar o robô e levá-lo a fazer a trajetória pretendida, de um ponto para outro, sem quaisquer constrangimentos. “É uma forma de programar mais rápida e intuitiva, o que torna mais fácil a formação de operadores com menos conhecimentos de programação e rentabiliza o tempo de trabalho”, salienta Gil Sousa.

Ainda na área do software, os profissionais que se deslocarem ao stand da ESI ficarão a conhecer a função “safe operation”, com a qual a velocidade de um robô reduz gradualmente à medida que o operador se aproxima da máquina. Resultado: passa a ser possível instalar robôs industriais sem proteções físicas, a trabalhar em campo aberto com pessoas, proporcionando às empresas ganhos de produtividade e velocidades de trabalho mais altas que as proporcionadas pelos robôs colaborativos. Na área logística, a ESI mostra igualmente um AGV (acrónimo da designação inglesa de veículo guiado automaticamente) versátil e produtivo, capaz de oferecer soluções completamente customizadas ao longo do processo.

Ao alcance dos visitantes está um AGV com um transportador de rolos incorporado que consegue deslocar a carga de um lado para o outro de forma automática. Uma vez no destino, a entrega da carga é também automática, assegurando todo o processo logístico sem qualquer intervenção humana. No certame, reservado a profissionais, que entre esta quarta-feira e sábado esgota a capacidade da Exponor, a ESI apresenta ao mercado português pela primeira vez a oferta da empresa norte-americana Vention, que, segundo Gil Sousa, vem “facilitar bastante” a fase de projeto e de procura de soluções estruturais, assim como de automação online. Despercebido no espaço da empresa na maior feira industrial portuguesa não passa também o “Titan”, o maior robô dos alemães da Kuka, capaz de manipular mais de uma tonelada.

A ESI – Engenharia, Soluções e Inovação, Lda. tem sede e instalações fabris em Esmeriz, Vila Nova de Famalicão, e vai para o seu 15.º ano de vida. Resultou de um projeto de empreendedorismo de três engenheiros mecânicos formados na Universidade do Minho, entre os quais Gil Sousa, que transformaram um trabalho académico numa ‘spin-off’. No ano passado, faturou seis milhões de euros e emprega atualmente quase três dezenas de pessoas.

A EMAF é a maior feira industrial portuguesa e tem realização bienal. Organizada pela Exponor, teve a sua anterior edição no final de 2018. Não foi realizada no ano passado, por força da pandemia, e voltou agora, com 360 expositores, representando Portugal e outros países europeus, como Espanha, França, Suíça, Itália e Alemanha. Segundo a organização, o evento será visitado amanhã, à tarde, pelo primeiroministro, António Costa, e pelo ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira. A entrada é reservada a profissionais munidos de convite e de certificado vacinal válido ou de teste à Covid-19 negativo.

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