António Costa com vitória folgada em Famalicão (43,62%)

A onda socialista tomou conta do concelho de Via Nova de Famalicão, como do país, onde o PS teve maioria absoluta. O partido venceu as legislativas do passado domingo com 43,62 por cento dos votos, deixando o PSD à distância de 34,76 por cento (ver grelha anexa).

Nas 34 freguesias que compõem o território, o PS apenas não venceu em Vilarinho das Cambas, e nas Uniões de Freguesias de Antas e Abade Vermoim, Esmeriz e Cabeçudos, e Gondifelos, Cavalões e Outiz. Até em Ribeirão, freguesia tida como um bastião social-democrata, o PS ganhou, ainda que tangencialmente, com 40,40 por cento dos votos contra 39,39 por centro do PSD.

No quadro das freguesias, a vitória mais expressiva do PS ocorreu na União de Freguesias de Ruivães e Novais, onde o partido obteve a preferência de 53,97 por cento dos eleitores, deixando o PSD em segundo plano, nos 26,33. Também em Castelões o partido de António Costa sacou uma vitória folgada, com 52,20 por cento, contra os 27,48 do PSD. Em Oliveira São Mateus aconteceu a terceira maior vitória, com os socialistas a granjear a confiança de 51,27 por cento dos votantes, contra os 26,77 do PSD.

Quanto às freguesias onde o PSD venceu, foi em Gondifelos, Cavalões e Outiz onde se verificou a margem mais expressiva, com 42,34 por cento contra os 34,74 do PS. Por sua vez, em Esmeriz e Cabeçudos, freguesias tendencialmente social-democratas, a vitória do PSD foi tangencial. A diferença entre ambos de um voto, o que se traduz numa percentagem de 38,99 contra 38,94 do PS.

No concelho, como no país, o partido Chega consolida-se como terceira força política mais votada, com 5,35 por cento dos votos. A Iniciativa Liberal, também seguindo a tendência nacional, configura-se como quarta força política, com 4,19 por cento dos votos do eleitorado famalicense. O Bloco de Esquerda cai para os 3,50 por cento, e a CDU para os 2,10. Tal como no país, o CDS-PP reduz-se a uma percentagem de 1,64 por cento, deixando o PAN a curta distância, com 1,26 por cento. O Livre consegue 0,68 por cento.

A abstenção, que no país ficou ligeiramente acima dos 42 por cento, fixa-se nos 34,59 por cento Vila Nova de Famalicão, uma tendência que se vem registando em todos os actos eleitorais. A freguesia de Cruz é aquela onde se verificou uma maior adesão ao acto eleitoral, ao evidenciar 26,95 por cento de abstenção apenas. O segundo melhor cenário acontece no Louro, com 28,24 por cento de abstenção. Em situação inversa, a freguesia de Bairro foi aquela que registou uma maior taxa de abstenção, da ordem dos 39,01 por cento. Em Gondifelos, Cavalões e Outiz registou-se a segunda mairo taxa de abstenção, de 38,72 por cento, seguida de Oliveira São Mateus onde a percentagem ficou apenas duas décimas abaixo (38,70 por cento).

 

 

Famalicenses na Assembleia da República

 

Jorge Paulo Oliveira, inscrito na lista do PSD no círculo eleitoral de Braga na quinta posição, foi o primeiro a ver confirmada a sua indicação para a Assembleia da República na noite do passado domingo.

Eduardo Oliveira, que pelo PS se estreia como candidato a deputado, ocupando a sétima posição da lista, viu igualmente confirmada a sua eleição. De resto, o PS elegeu um total de nove deputados em Braga, mais um do que nas legislativas de 2019. Quanto ao PSD, garante os mesmos oito deputados de há dois anos.

Na restante comitiva que estará encarregue de representar o distrito de Braga na Assembleia da República, muda tudo.

O Bloco de Esquerda, em queda acentuada, perde os dois eleitos que havia conquistado em 2019. A votação passou dois 8,88 por cento para os 3,75, o que justifica a perda dos dois representantes. Face ao resultado, a famalicense Raquel Azevedo, em quinto lugar da lista, falha a eleição. Cenário idêntico acontece com a CDU, que nas legislativas anteriores conseguira eleger um deputado, com 4,11 por cento dos votos. Cai para o lugar de quinta força política no distrito de Braga, com 2,63 por cento dos votos, o que conduz à perda do único eleito que garantira em 2019. A representante de Famalicão, Tânia Silva, não é eleita (ocupava a terceira posição na lista).

No lugar destes, em 2022 surgem novos protagonistas na cena política do círculo eleitoral, que sobem de forma expressiva a votação face a 2019. O Chega, ocupando o lugar de terceira força política, atinge os 5,81 por cento de votação e consegue eleger um deputado, António Peixoto. Recorde-se que concorreu já em 2019, numa altura em que conseguiu a preferência de apenas 0,68 por cento dos eleitores do distrito, muito longe de qualquer resultado que o fizesse consumar a eleição.

A Iniciativa Liberal também elege um deputado, Rui Rocha, ao alcançar uma votação da ordem dos 4,33 por cento. Também este partido, em 2019, concorreu alcançando 0,82 por cento dos votos, igualmente aquém do necessário para eleger. O resultado positivo não foi suficiente para eleger o famalicense Paulo Lopes, em quinto lugar da lista.

O CDS-PP, que em 2019 conseguira eleger um deputado, cai para o sétimo lugar, obtendo 1,66 por cento dos votos, bem longe dos 4,11 que lhe haviam assegurado a eleição em Braga. A famalicense Ana Raquel Carvalho, a terceira da lista no distrito, naturalmente não é eleita.

O mesmo acontece com Sandra Pimenta, o segundo membro da lista do PAN, que cai para oitava força política, depois de em 2019 ter sido o sexto partido mais votado.

O Livre também não elege em Braga, sendo que o famalicense Bruno Machado, sexto da lista, não segue para a Assembleia da República.

 

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