Nuno Melo é candidato à liderança do CDS-PP

Nuno Melo é candidato à presidência do CDS-PP no próximo congresso do partido. Assume-o numa mensagem difundida há minutos numa rede social, e na qual sublinha que o resultado "trágico" das legislativas do passado domingo, em que o partido perdeu a representação parlamentar que assegurada há mais de 40 anos, "não pode ser encarado como o fim do partido, antes sim, uma oportunidade para um recomeço". O famalicense, que desafiou Francisco Rodrigues dos Santos para uma disputa de liderança antes das legislativas e foi impedido de a levar a cabo pelos órgãos do partido, considera que "o CDS faz falta a Portugal".

Na extensa mensagem que tornou pública, Nuno Melo assume que irá desencadear "um conjunto de contactos para confirmar que há condições institucionais e práticos para que o CDS possa começar um caminho novo, unificador, mobilizador e respeitador", e garante: "no que de mim depender, o CDS não acaba aqui". Em tom conciliador, na certeza de que ninguém que tenha dado a cara pelo CDS-PP quis que perdesse a sua representação parlamentar, apela a todos para que "voltem e nos ajudem nos desafios tao difíceis do futuro próximo".Aos militantes pede que "não baixem os braços", e que "acreditem que superar esta crise vai ser possível, mas para tanto, o CDS precisa de todos".

Perante um CDS que reconhece "ferido, mas não de morte", recorre ao capital do partido, que "governa sozinho seis autarquias, muitas mais em coligação, e está presente nos governos regionais dos Açores e da Madeira", e que o tem a si mesmo eleito como deputado no Parlamento Europeu, para afirmar: "nunca virei as costas ao meu partido e não abandono o CDS no momento mais difícil da sua história".

Não deixa, contudo, de aludir ao caminho que trouxe o partido até à actual crise: "tinha advertido que o cancelamento de um congresso já agendado, com candidatos anunciados, a 24 horas da eleição de delegados, a par da suspensão do tribunal do partido, impedindo-o de dirimir conflitos, seriam erros graves que desmobilizariam o CDS e afastariam o eleitorado, por revelarem ao país o contrário do que um partido responsável, respeitador de regras, que aspira a ser governo, deve ser. Embora o resultado agora obtido confirme inteiramente os meus alertas, não tenciono concentrar-me em ajustes de contas com o passado".

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