Famalicense Vera Silva expõe na Casa-Museu Soledad Malvar

"Penélope", uma exposição da artista famalicense Vera Silva, inspirada no tecer e entrelaçar de fios, é inaugurada este sábado, pelas 15 horas, na Casa-Museu Soledad Malvar. Estará patente até dia 18 de março de 2022, no referido espaço.

Inspirada na arte de tecer, Vera Silva apresenta um conjunto de peças que transparecem “uma tela que é continuamente feita e desfeita, em busca de algo inalcançável”, como é possível ler no texto de apresentação. Mais do que o objeto apresentado, há a manifestação de “toda a sua envolvente e o desenho que a luz que nele incide cria, tornando a sua sombra parte da obra”, trata-se do resultado de um “tecer e entrelaçar de memórias num objeto que é, na sua essência, parte de quem as tece”.

Nas palavras da artista, a seleção do nome «Penélope» para a exposição, teve a sua origem na “lenda da personagem (da mitologia) grega, com o mesmo nome. Penélope tecia o seu manto durante o dia e desfazia-o durante a noite. Apesar de o ter feito com um propósito específico, esta lenda, para mim, sempre significou uma busca incessante pela perfeição, e sobre a aceitação de não a conseguirmos alcançar”, refere.

Vera Silva revelou desde cedo aptidão para o mundo artístico, tendo assumido esta vocação logo no ensino secundário, onde enveredou por estudos ligados às artes visuais na Escola Secundária Camilo Castelo Branco. Licenciou-se em Artes Plásticas, no ramo de Escultura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto em 2017, e, atualmente, faz parte da equipa criativa de uma empresa ligada à área da decoração. Está a abrir asas à sua capacitação artística, formando-se na arte da joalharia.

Recorde-se que a Casa-Museu Soledade Malvar é o resultado da doação ao Município de Vila Nova de Famalicão da coleção de arte da antiquária famalicense, Maria da Soledade Ramos Malvar Osório. O imóvel, local onde esta habitou e teve o espaço de venda de antiguidades, foi projetado pelo arquiteto Eduardo Martins e construído, entre os anos 1955 e 1957 pelo engenheiro António Pinheiro Braga. O acervo museológico é constituído por antiguidades que Soledade Malvar foi colecionando ao longo dos seus quase 100 anos de vida, onde joias, faianças e pinturas convivem em perfeita harmonia com o mobiliário dos séculos XVIII e XIX. No piso térreo do edifício, dispõe ainda de uma galeria para acolhimento de exposições temporárias.

A Casa-Museu Soledade Malvar funciona de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h30, encerrando à segunda, fins de semana e feriados. O espaço encontra-se na Avenida 25 de Abril, em Famalicão.

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