Joaquim Costa, o empresário têxtil assassinado à facada na madrugada de 20 de julho de 2020, em Oliveira São Mateus, não terá resistido mais do que 10/15 segundos ao “golpe mortal” que o atingiu no ventrículo esquerdo do coração. A certeza foi expressa esta tarde, no tribunal de Guimarães, pelo médico do Instituto de Medicina Legal que realizou a autópsia e o respectivo relatório. Foi chamado a depor a pedido da defesa da homicida confessa, Cristina Oliveira, depois de sugerida uma alteração não substancial da acusação, na audiência que era suposto ser de sentença, e que aponta já a convicção do colectivo de que a arguida assaltou a casa da vítima disposta a matá-la se necessário fosse, o que se opõe à versão que a própria apresentou em audiência.

O crime, recorde-se, remonta a julho de 2020. O empresário foi surpreendido a dormir pela arguida, que o pretendia roubar e fazer face a dívidas que tinha, e que estava a ser pressionada a pagar. De resto, roubou oito mil euros de um cofre existente na casa da vítima.

A mulher confessou o crime quando foi detida pela Polícia Judiciária, quase um ano depois do homicídio. Na altura da detenção, em abril do ano passado, Cristina Oliveira foi confrontada com "vastíssima" prova da autoria do crime, tendo confessado.

A leitura da sentença está agendada para esta quinta-feira no Tribunal de Guimarães. Esteve agendada para o passado dia 4, mas a alteração não substancial levou a defesa a pedir prazo para avaliar o seu conteúdo, ao que o colectivo anuiu. A sessão desta segunda-feira destinou-se a concluir a diligência complementar solicitada pela defesa, a audição do perito médico-legal.