A Comissão Política do PAN Famalicão requereu uma fiscalização relativamente às condições em que os animais do Circo Vitor Hugo Cardinali se encontram, durante a estadia do mesmo no concelho. Através da porta-voz Sandra Pimenta, o partido explica a razão da sua intervenção: "é amplamente reconhecido que o ambiente que o circo proporciona não é adequado a animais e são por demais evidentes os casos de circos que falham nas mínimas exigências de bem-estar, físico e emocional, ao que acresce cada vez mais é socialmente consensual que a utilização de animais no circo não se adequa a uma sociedade evoluída". Acrescenta que “não é justificável e é desnecessária para o fim do evento, especialmente quando temos no nosso concelho alternativas que cumprem muito melhor o requisito do espetáculo, como é o caso dos espetáculos produzidos pelo INAC.”
A concelhia do PAN Famalicão questionou ainda a Câmara Municipal sobre a posição deste executivo relativamente a este assunto e se acompanha a Lei n.º 20/2019, de 22 de fevereiro, que resulta de um projeto de lei do PAN. A aprovação deste diploma "representou um passo significativo na defesa e proteção dos animais selvagens, contudo prevê um período transitório para a entrega dos animais definido em seis anos, o que significa que durante este tempo os circos poderão ainda utilizar os animais havendo, no entanto, quem a este tempo já tenha procedido à entrega voluntária dos animais ao abrigo do programa criado pelo Estado, sendo fundamental antecipar e encorajar esta ação".
Assim, “entendemos que as Câmaras Municipais devem ser um agente ativo desta mudança, assumindo-se como entidades promotoras de atividades que respeitam os direitos de todos os animais e paralelamente procedem a adaptações enquadradas no século XXI” conclui Sandra Pimenta.