Centro de inspecções de Famalicão suspeito de fraude

A operação "Hydra", desencadeada pela investigação criminal da direcção nacional da PSP, passou por Vila Nova de Famalicão. As 50 buscas domiciliárias e não domiciliárias visaram vários concelhos da zona norte, Lisboa e Algarve, nomeadamente, Braga, Vila Verde, Guimarães, Vizela, Fafe, Amarante, Lousada, Gondomar, Porto, Matosinhos, Valongo, Loures, Lisboa, Agualva-Cacém, Azambuja, Vila Franca de Xira, Seixal, Palmela, Setúbal, Silves, Lagoa e Portimão. Em Famalicão, o local visado pelos agentes foi um centro de inspecção técnica de veículos, contudo, a operação incluiu recolha de prova em mais seis estabelecimentos do género, para além de um escritório de advogados e o Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT) e 7 centros de inspeção técnica de veículos (CITVs).

Até ao momento foram efectuadas 34 detenções.

Em comunicado, a PSP informa que "esta operação policial decorre da investigação, iniciada em 2017, relacionada com crimes de corrupção passiva para ato ilícito e de corrupção ativa para ato ilícito, bem como de falsificação de documento agravada, relacionada com a atividade de inspeção técnica de veículos". Em causa está "um esquema fraudulento que permitia a aprovação de veículos sem proceder à anotação de deficiências que os veículos apresentavam e ou sem adotar procedimentos de inspeção legalmente obrigatórios, recebendo indevidamente vantagens patrimoniais e não patrimoniais, entregues pelos clientes dos CITVs". Encontram-se também sob investigação outras pessoas que "poderão ter facilitado a concretização de alguns negócios e ou favoreceram essas empresas, nomeadamente junto de entidades públicas".

Por persistir o perigo de "continuação de atividade criminosa e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas", o Ministério Público procedeu à emissão de mandados de detenção fora de flagrante delito.  As buscas e detenções realizadas são o "culminar da investigação desenvolvida em três inquéritos distintos, iniciados em 2017, 2019 e 2020, entretanto apensados", declara a PSP. Foi iniciada pela PSP de Loures e, posteriormente, pela Brigada Central de Investigação de Criminalidade Económica e Financeira do Departamento de Investigação Criminal da Direção Nacional da PSP.

Contou, desde o início, com a colaboração do IMT, concretamente da Direção de Serviços de Fiscalização.

Os arguidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação de medidas de coação.

Data de Publicação: Voltar à Página Anterior


Siga-nos

Publicidade


Última Edição!