Obras na Estação Rodoviária derrapam para setembro

As obras de reabilitação da Estação Rodoviária de Passageiros vão durar mais 60 dias e custar mais 390 mil euros. De acordo com o novo calendário, deverão estar prontas em setembro.

A deliberação foi tomada esta quinta-feira em reunião do executivo municipal, não sem o protesto do PS, que lamenta mais uma derrapagem do prazo e do preço.

Os socialistas acusam o executivo de mau planeamento das obras, que onera o orçamento municipal, mas também prejudica directamente os munícipes, privados que ficam de usufruir de valências essenciais como esta. Isso mesmo lamentou o vereador Paulo Folhadela, que apela à primeira derrapagem orçamental aprovada em janeiro deste ano, da ordem dos 460 mil euros, para a somar a esta, de cerca de 390 mil, para deixar claro que os valores, acrescido de IVA, significam já custos a mais superiores a um milhão de euros. Ou seja, será preciso acrescentar esse montante ao valor inicial de investimento, de cerca de 2,7 milhões de euros (acrescido de IVA). "Ficamos com a ideia que não houve capacidade de previsão e capacidade de, nos projectos iniciais colocar-se tudo o que era necessário", disse, entendendo que há trabalhos a mais "de que alguém se esqueceu", o que considera inaceitável.

O presidente da Câmara, Mário Passos, reage acusando o PS de "viver numa bolha", desligado daquela que é a conjuntura nacional e internacional do pós-pandemia e da actual guerra na Ucrânia. O edil deixa claro que estes dois factores, para além de suscitarem aumentos sucessivos dos preços dos materiais, também têm criado um cenário de escassez de matéria-prima, criando grandes dificuldades nas cadeias de abastecimento, a que se soma, por sua vez, a falta de mão de obra no sector. O edil explica assim que a conjugação destes factores é o que tem vindo a motivar o incumprimento de prazos e preços, aproveitando para reforçar que "ninguém mais do que o presidente da Câmara gostaria de ter estas obras concluídas". De resto, assegura que tem exercido pressão, em permanência, sobre os empreiteiros, para que as obras agilizem.

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