A Comissão Política do PAN Famalicão registou a temperatura de 53º graus na Praça Cupertino Miranda esta terça-feira, e aproveita para se atirar às obras de reabilitação urbana em curso alegando que os impactos "estão à vista e vieram provocar um aumento significativo das já altas temperaturas sentidas". Em nota de imprensa, o PAN refere que "desde a escolha dos materiais para o piso, ao corte indiscriminado de árvores e a não substituição em igual número contribuiu para que haja um aumento de cerca de 20ºc em comparação com outros locais, como um espaço com zonas verdes". 

Sandra Pimenta, porta-voz do partido fala de uma intervenção que "não é sustentável, não projeta a cidade para o futuro, não protege os famalicenses, nem assegura respostas às alterações climáticas", e que "uma vez mais o verdadeiro interesse público não foi salvaguardado", traduzindo uma "visão do século passado".

No entender do PAN, "a redução de espaços verdes e a impermeabilização dos existentes entra em contraciclo a todas as recomendações conhecidas". Sandra Pimenta protesta contra as "notícias populistas assentes numa alegada preocupação ambiental quando o que vemos no terreno é a ausência completa de medidas efetivas que ajudem a mitigar os efeitos climatéricos extremos que vivemos", acrescentando que "ninguém se sentirá motivado a ir passear ou fazer compras ao comércio local quando assistimos a estes cenários",. Denuncia: "ninguém consegue sentar nos bancos, as floreiras não fazem sombra, as esplanadas não são convidativas, mas continua-se a ouvir que se preocupam com as pessoas".

Entretanto o PAN adianta que a temperatura registada no centro da cidade contrasta com a verificada no parque da Devesa, que à mesma hora era de apenas 33ºc. Em período nocturno, por sua vez, estavam 36ºc na Praça Cupertino de Miranda e 28ºc no parque.