Fundos europeus não chegam, afinal, nem para metade do custo total das novas USF's

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai de suportar, afinal, cerca de 50 por centro do investimento na construção das novas Unidades de Saúde Familiar (USF’s) de Joane e São Miguel-o-Anjo.

Há cerca de um mês, quando assinou contrato programa com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN), assumindo as obras em edifícios do Estado e a candidatura a fundos comunitários, o município não conhecia os montantes envolvidos, quer em termos de custos globais, quer em termos de comparticipação comunitária. As notícias chegam agora, e trazem um “amargo de boca” para o município, já que no caso da USF de Joane apenas 1,160 milhões de euros de um investimento superior a dois milhões de euros são candidatáveis a fundos europeus, e já que, no caso da USF de São Miguel-o-Anjo, o investimento previsto é da ordem dos 1,8 milhões, sendo que o tecto comunitário de financiamento se fica abaixo dos 1,1 milhões de euros.

Na que surpreenda o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, que no final da reunião do executivo desta quinta-feira, em que foram conhecidos os valores, disse estar “habituado” a que tudo quanto é transmitido para o poder local tenha défices associados. Ainda que o município tenha que assegurar cerca de metade do investimento em infraestruturas que são do Estado, e nas quais o Estado não investe um cêntimo, escudado que fica nos fundos europeus e nas autarquias, o edil deixa claro que não deixará de o fazer. E fá-lo porque goza de uma situação financeira “estável”, e porque tem a certeza da “importância” da qualificação destes serviços para os famalicenses. Admite, contudo, que muitas autarquias sem a mesma estabilidade financeira terão de abandonar os investimentos que tinham previsto, por força da incapacidade financeira de os suportar.

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