Casa da Memória Viva homenageia Margarida Malvar

A Casa da Memória Viva (CMV) vai homenagear a advogada famalicense Margarida Malvar no próximo dia 1 de dezembro. 

Nascida em Gavião, há 78 anos, foi a primeira mulher famalicense a licenciar-se em Direito e a exercer advocacia no concelho. Entre 1990 e 1992, presidiu à delegação concelhia da Ordem dos Advogados, instituição que recentemente lhe atribuiu a sua “Medalha de Honra”. Mantém, desde antes do 25 de Abril, uma grande atividade cívica e política, tendo sido uma das poucas mulheres candidatas pelas forças da Oposição Democrática nas eleições para a então Assembleia Nacional, durante os 48 anos de fascismo. Aconteceu em 1969, quando Margarida Malvar, então com 25 anos, integrou a candidatura da CDE por Braga. Depois do 25 de Abril, teve um papel importante na defesa e consagração institucional dos direitos das mulheres trabalhadoras e foi autarca em Vila Nova de Famalicão. Em 1982, substituiu na Câmara Municipal o eng. António Pinheiro Braga – que havia presidido à Comissão Administrativa legitimada pelos militares de Abril – e pouco depois renovou o lugar na vereação, ao ser eleita pela APU - Aliança Povo Unido, no mandato 1982/1985. Posteriormente, ainda foi deputada municipal. Em 2004, pelas mãos do presidente da Câmara de então, Armindo Costa, foi agraciada com a “Medalha de Honra do Município”. Em 2014, foi homenageada na Assembleia da República, a par de todos os advogados dos presos políticos na ditadura do Estado Novo, numa iniciativa do “Movimento Não Apaguem a Memória”.

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