BILHETES PARA A HOMENAGEM A MARGARIDA MALVAR JÁ DISPONÍVEIS

Quatro estabelecimentos comerciais da cidade colaboram com a organização: OPS, Pipe’s Bazar, Fontenova e Casa Freitas

Estão já disponíveis, em quatro estabelecimentos comerciais da cidade, os bilhetes para a homenagem à advogada famalicense Margarida Malvar, que na tarde do próximo dia 1 de dezembro irá realizar-se no grande auditório da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão. Embora seja de entrada livre, o evento está sujeito ao levantamento prévio de ingressos, sem custos, dado o seu conteúdo eminentemente cultural.
A informação é da associação famalicense Casa da Memória Viva (CMV), a quem cabe a organização da homenagem à primeira mulher famalicense a licenciar-se em Direito e a exercer advocacia no concelho. Do programa sobressai um concerto do Coral de Letras da Universidade do Porto e a declamação de poemas de Cristina Pizarro e Salvador Coutinho, advogado e decano dos poetas famalicenses.
Os bilhetes estão disponíveis, até ao próximo dia 30, na OPS Seguros, R. Ernesto Carvalho, 150 (dias úteis até às 17 horas); na Pipe’s Bazar, Av. 25 de Abril, 124; Fontenova Livraria, Al. Luís de Camões, 142; e Casa Freitas, R. de Santo António, 59. No dia do evento, serão disponibilizados os ingressos sobrantes na Casa das Artes, entre as 14 e as 16,30 horas.
Nesta apresentação famalicense, com início às 17 horas do “Dia da Restauração da Independência”, o Coral de Letras da UPorto será dirigido por Pedro Guedes Marques, tendo José Luís Borges Coelho como maestro titular, cabendo ao Professor Fausto Neves o acompanhamento ao piano.
Do repertório constam nove “Canções Heróicas”, de Fernando Lopes-Graça, numa escolha musical que pretende realçar a “preenchida vida cívica e política de uma cidadã desde muito jovem comprometida com as causas da Liberdade, da Democracia e da dignificação da Mulher”, sublinha Carlos de Sousa, presidente da CMV.

Maria Margarida Braga Malvar nasceu em Gavião, há 78 anos, e sempre viveu em Famalicão. Foi a primeira mulher famalicense a licenciar-se em Direito e a exercer advocacia no concelho. Entre 1990 e 1992, presidiu à delegação concelhia da Ordem dos Advogados, instituição que recentemente lhe atribuiu a sua “Medalha de Honra”. No triénio 2001/2003, integrou, por eleição dos seus pares, o primeiro Conselho de Deontologia do Porto da Ordem.
Mantém, desde antes do 25 de Abril, uma grande atividade cívica e política, tendo sido uma das poucas mulheres candidatas pelas forças da Oposição Democrática nas eleições para a então Assembleia Nacional, durante os 48 anos de fascismo. Aconteceu em 1969, quando Margarida Malvar, então com 25 anos, integrou a candidatura da CDE por Braga.
Depois do 25 de Abril, teve um papel importante na defesa e consagração institucional dos direitos das mulheres trabalhadoras e foi autarca em Vila Nova de Famalicão.
Em 1982, substituiu na Câmara Municipal o eng. António Pinheiro Braga – que havia presidido à Comissão Administrativa legitimada pelos militares de Abril – e pouco depois renovou o lugar na vereação, ao ser eleita pela APU - Aliança Povo Unido, no mandato 1982/1985. Posteriormente, ainda foi deputada municipal.
Em 2004, pelas mãos do presidente da Câmara de então, Armindo Costa, foi agraciada com a “Medalha de Honra do Município”.
Em 2014, foi homenageada na Assembleia da República, a par de todos os advogados dos presos políticos na ditadura do Estado Novo, numa iniciativa do “Movimento Não Apaguem a Memória”.

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