Caroço de azeitona torna-se matéria-prima na Plastifa

A Plastifa criou um novo biomaterial produzido com caroço de azeitona e termoplástico, cem por cento biológico. O produto já foi testado e vai ser aplicado em produtos de consumo, substituindo assim o uso de polímero, material derivado do petróleo utilizado no composto do plástico, e dando resposta a uma preocupação crescente com a sustentabilidade.

Manuel Carvalho, o administrador, adianta que neste momento está ultrapassada a fase de ensaios e que os resultados são "ótimos", razão pela qual a Plastoga está a entrar "numa fase de início de produção”. De acordo com o administrador, o processo de desenvolvimento foi feito juntamente com um parceiro “que faz a recolha do produto, de oliveiras do Alentejo, e que através da extrusão nos deixa o componente do caroço de azeitona para que o possamos misturar com polipropileno, garantindo caraterísticas de fiabilidade e qualidade que um produto desta natureza exige”.

Para além desta novidade, a administração também mencionou que, a par da preocupação com a pegada ambiental, a empresa também tem investido na “digitalização de todo o processo produtivo”, permitindo que o cliente consiga acompanhar o desenvolvimento do produto, desde o momento em que efetua encomenda “até à saída da fábrica”.

Para o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que visitou a empresa esta quinta-feira no âmbito do roteiro Created IN, a Plastifa "é mais uma empresa de sucesso que reflete o potencial inovador e criador do nosso território”. Mário Passos destaca que esta empresa “representa bem a evolução do tecido produtivo do concelho, que hoje assenta num paradigma de investigação e desenvolvimento de produto, e não apenas na sua produção”.

Refira-se que a empresa inaugurou em 2018 uma nova unidade de produção em Requião, espaço que pretende ampliar nos próximos dois anos, de forma a acompanhar o crescimento expectável da empresa. Especializada em injeção de plástico, com foco na produção de componentes para o setor automóvel, a Plastifa alcançou um volume de negócios próximo dos 7,5 milhões de euros no último ano.

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