Covid-19: Câmara diz que é "urgente" e está disposta a suportar custos de rastreio a 2 mil utentes e colaboradores de lares

A Câmara Municipal quer o rastreio "urgente" dos utentes e colaboradores dos lares residenciais de Vila Nova de Famalicão, num total de 21 instituições e duas mil pessoas. O pedido foi formuado oficialmente pelo presidente, Paulo Cunha, à delegada de saúde do concelho, e visa evitar a escalada descontrolada da contaminação de Covid-19 que ocorreu no lar Residência Pratinha, em Cavalões. De acordo com o edil, este rastreio significa a realização de testes de despistagem da doença a uma comunidade a 700 utentes e 1300 colaboradores. O município reclama a sua realização, mas disponibiliza-se para "suportar os encargos financeiros que sejam necessários, admitindo que o Serviço Nacional de Saúde não tenha os meios financeiros necessários para suportar este rastreio com a urgência que é reclamada". Paulo Cunha disponibiliza-se ainda para suportar os apoios "logístico e operacional que venham, a ser necessários".

De acordo com o edil, da comunidade do lar de Cavalões há um total de 22 utentes infectados, aos quais se somam dez colaboradores igualmente infectados. Não deixa de lamentar que a situação tenha sido desencadeada no dia 16, com o primeiro caso, e que só a 21 a Câmara Municipal tenha tido conhecimento da situação. "Tenho indícios, porque é a informação que eu tenho, que tudo terá começado no dia 16 de Março, e a Câmara Municipal soube no dia 21. Uma cadeia de contágio dentro de um lar, durante quatro ou cinco dias tem um efeito brutal. E, portanto, num ambiente fechado, com um público envelhecido, com uma enorme proximidade entre utentes e colaboradores, estar esta comunidade, durante quatro ou cinco dias, é obiviamente um tremendo foco de contágio. E o saldo, é tremendamente negativo, que é de 32 pessoas infectadas. Passamos de um infectado no dia 16 para 32 infectados no dia 24 ou 25". "O que é que aconteceu entretanto para que não houvesse uma interrupção nesta cadeia de contágio?", questiona, e sugere: "isto tem que ser averiguado". É preciso averiguar se a instituição cumpriu as regras, referindo-se ao plano de contingência, mas considera que é igualmente necessário verificar, "com o distanciamento e a isenção necessárias", se todas as entidades públicas responsáveis em matéria de saúde pública "tonaram ou não as diligências necessárias para que a cadeia de contágio fosse interrompida".

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