A AMOB reage ao nosso pedido esclarecimentos salientando que "existe apenas um caso positivo confirmado, com sintomas leves", e não dois como O Povo Famalicense havia adiantado, acrescentando que "a pessoa em causa está a ser acompanhada pelas entidades de saúde e segue todas as recomendações que lhe foram impostas, nomeadamente quanto ao isolamento".
Entretanto, frisa que "a pessoa em causa praticamente não teve contactos dentro da empresa nos últimos tempos, pelo que não poderia ter infetado qualquer colaborador". Acrescenta, de resto, que "se existisse qualquer risco de contagio dos colaboradores, as autoridades de saúde teriam adotado medidas adicionais àquelas que a empresa já tinha implementado há semanas, mesmo antes de ter sido decretado o estado de emergência".
Quanto às medidas implementadas, "desde o início de Março, e na sequência das iniciais recomendações da DGS, com vista a acautelar um surto e prevenir qualquer contágio correspondem às seguintes", a AMOB reitera que são várias, e não apenas a medição de temperatura dos colaboradores, como foi avançado à nossa reportagem por familiar de um deles, que pediu o anonimato. E cita-as: "colocação de gel desinfetante por toda a empresa; separação de postos de trabalho mais próximos; adopção de teletrabalho (atividades que assim o permitem); diminuição de tempos entre a higienização dos WC’s e superfícies de toque comum; alargamento do balneário para o dobro do espaço, com vista a permitir um maior distanciamento entre colaboradores; separação e limite máximo de números de pessoas e tempo de almoço no refeitório, para evitar contactos; afixação por toda a empresa dos folhetos informativos da DGS de sensibilização das medidas de prevenção; afixação de relevantes recomendações da administração para sensibilização dos colaboradores; controlo diário de temperatura corporal de todos os colaboradores; proibidas visitas de entidades externas à empresa; tomados cuidados redobrados na receção de materiais de compra; criação de sala de isolamento preparada conforme indicações da DGS".
Adianta ainda que, "na sequência do diagnóstico do único caso positivo na empresa não foi solicitada a implementação de qualquer outra medida adicional, considerando-se as existentes suficientes de acordo com os critérios das autoridades de saúde".
A empresa diz-se comprometida em "seguir todas as orientações da DGS e do Estado Português, que apela as empresas que se mantenham em atividade e que respeitem as normas da DGS, o que tem sido cumprido escrupulosamente", e sublinha que "está atenta minuto a minuto à situação do país e aos avisos feitos pelo Governo e autoridades de saúde, cumprindo as orientações dos mesmos, pelo que, de momento, não se encontra em causa o funcionamento da empresa". A propósito, esclarece que "se vierem a existir diretivas no sentido de alteração das medidas de controlo e que impliquem alterações ao funcionamento da empresa, a AMOB como pessoa de bem que é, acatará tais orientações", mas que até ao momento "nenhuma autoridade de saúde fez qualquer advertência ou recomendação quanto à adoção de medidas adicionais nem colocou quaisquer dúvidas quanto à manutenção da laboração".
A notícia avançada pelo Povo Famalicense esta tarde partiu da apreensão de familiares de colaboradores, motivada pela confirmação de infecção por Covid-19 com ligações à empresa.
