Jorge Paulo Oliveira questiona Governo sobre testes em lares da 3ª idade

O deputado famalicense,Jorge Paulo Oliveira, conjuntamente com outros deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Braga, solicitaram à Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social que dê a conhecer os critérios que estão na base da decisão do governo em avançar com uma operação de testes de diagnóstico em lares de idosos em todo o país, priorizando para o efeito os lares situados nos distritos de Lisboa, Aveiro, Guarda e Faro, em detrimento dos “lares existentes no distrito de Braga, um dos territórios onde se registam mais casos” de infeção por Covid-19. “Trata-se de uma decisão que, salvo melhor explicação, se revela imprudente”, acrescentam os sociais democratas.

Recorde-se que perante este cenário, a CIM do Ave e os oito municípios que a constituem – Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão e Vizela – emitiram um comunicado no mesmo sentido, demonstrando o seu desagrado com esta decisão do Governo, afirmando a sua total solidariedade para com as Instituições da Zona Norte.

A ministra Ana Mendes Godinho, é igualmente, questionada sobre quando é que os lares do resto do país “e muito especificamente” os do distrito de Braga serão objeto dos testes de despiste, e se os testes são generalizados, isto é, tem por destinatários todos os utentes, profissionais de saúde e dos demais colaboradores das instituições.

Numa segunda interpelação, o deputado recorda à Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que foi em Vila Nova de Famalicão que a 22 de março o país ficou a conhecer a primeira situação dramática vivida num Lar de Idosos, com um elevado número de infetados, a Residência Sénior Pratinha, na freguesia de Cavalões, onde foram sinalizadas 32  pessoas infetadas, tendo uma destas, entretanto, falecido. Cinco dias depois, assinala o social-democrata, foi registado um novo foco de infeção de Covid-19, no lar do Centro Social e Cultural S. Pedro do Bairro.

Sendo publico que a Câmara Municipal se disponibilizou junto do Agrupamento de Centros de Saúde do Ave – Famalicão, bem como da Delegação de Saúde de Vila Nova de Famalicão, para “suportar todos os encargos financeiros, logísticos e operacionais para implementação do urgente rastreio de todos os utentes e colaboradores das 21 instituições daquele concelho, que abrangem 700 utentes e 1300 colaboradores”, Jorge Paulo Oliveira diz não compreender “porque razão não mereceu esta disponibilidade manifestada pelo executivo camarário uma resposta positiva”, ademais num contexto em que, acrescenta, “se saber que a população dos lares residenciais é de maior risco, ao nível da cadeia do contágio e das consequências do contágio, e de se saber que os recursos do Serviço Nacional de Saúde são limitados”, solicitando ao Governo que justifique a sua decisão.

Para Jorge Paulo Oliveira, “este é um momento de união, mas união, não significa unicidade, e não dispensa a Assembleia da República e os Deputados de exercerem, com ponderação e sensatez, a sua função fiscalizadora. Quando há decisões do governo, como é manifestamente o caso, que nos causam estranheza, as mesmas merecem ser questionadas”.

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