A vacina contra a gripe deverá chegar a 50 por cento da população elegível no concelho de Vila Nova de Famalicão até ao final desta semana. Quem o garante ao Povo Famalicense é fonte do Agrupamento de Centros de Saúde de Famalicão (ACeS Ave), segundo o qual na passada sexta-feira já tinha sido ultrapassada a fasquia dos 25 por cento.
Ao todo, o concelho compreende mais de 22 mil utentes elegíveis para esta segunda fase da vacinação. Inclui pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e pessoas com doenças crónicas. Para trás ficou já a primeira fase do processo, que decorreu de 28 de Setembro a 13 de Outubro, chegando a grupos como o das pessoas institucionalizadas, beneficiárias de serviços domiciliários, profissionais de saúde, grávidas e grupos de risco. No total, a primeira fase visou cerca de duas mil pessoas, e a segunda fase em curso é já da ordem das quatro mil, totalizando cerca de seis mil pessoas inoculadas com a vacina da gripe, e significando uma administração diária da ordem das mil.
De acordo com a mesma fonte do ACeS, atendendo à forma como o processo está a evoluir, nas várias e diferenciadas unidades que o compõem, é possível prever que, em meados de Novembro, ou seja, dentro de pouco mais de 15 dias, tenha sido atingida a fasquia dos 80 por cento de população elegível vacinada contra a gripe. A conclusão de todo o processo deverá acontecer em meados de Dezembro, cumprindo-se desta forma aquele que é o período desejável de inoculação da população, de acordo com a duração do período de eficácia da vacina, que é da ordem dos seis meses.
O “contra-relógio” da vacinação acontece num ano atípico, em que a sombra da Covid-19 pode baralhar o jogo dos sintomas e criar dificuldades acrescidas às valências do Serviço Nacional de Saúde (SNS). É precisamente por isso que os esforços são no sentido de acelerar a vacinação dos apelidados grupos de maior risco. Aliás, as percentagens de vacinação já atingidas, segundo a mesma fonte, “traduzem bem o esforço que as equipas estão a realizar no sentido de termos a população elegível vacinada o mais rapidamente possível”. É neste enquadramento, frisa, que há unidades a administrar vacinas também ao sábado.
Vacinas para os grupos elegíveis estão garantidas
Com o processo a evoluir de forma “tranquila”, convém realçar que num ano atípico não é desejável que as pessoas se dirijam às respectivas unidades de saúde a propósito da vacina contra a gripe sazonal. Convém realçar que a vacinação obedece a planeamento e convocatória por parte dos serviços de saúde, uma situação que, frisa a fonte do ACeS, “é a que melhor defende os interesses dos utentes e também dos serviços”, evitando-se concentração desnecessária de pessoas, e evitando-se pressão desnecessária sobre as equipas. “Não há nenhuma razão para que as pessoas fiquem assustadas e ansiosas, porque a capacidade de resposta para os grupos elegíveis está garantida”, sublinha, obedecendo, todavia, a uma lógica de planeamento que visa proteger a integridade do processo para as pessoas e para o sistema. Reforça que ninguém beneficia com os cenário verificado em algumas unidades no primeiro dia desta segunda fase da vacinação (19 de Outubro), em que as pessoas se dirigiram autonomamente para as respectivas unidades, causando aglomerações a todos os títulos dispensáveis face à actual crise de saúde pública.
Sandra Ribeiro Gonçalves
