Casa das Artes é palco para a Poética da Palavra, de 23 março a 9 abril

A Casa das Artes de Famalicão realiza, de 23 de março a 9 de abril, a quarta edição de “Poética da Palavra”, uma proposta artística que reduz a milenar arte do Teatro à sua essência: o texto, a palavra, a voz e o trabalho de ator.

Momento alto da programação anual deste teatro municipal, a Poética da Palavra quer evidenciar este universo de elementos cúmplices, aquilo que entendemos como a essência, a ontologia, do teatro. Pretendemos destacar a interpretação, a relação entre técnica, sentimento íntimo e subjetivo de convicção criadora e a consolidação da personagem, como um processo indissociável de um exigente trabalho pessoal, que é físico e de estudo profundo e inesgotável.

Os encontros de teatro iniciam, a 23 de março, com o espetáculo "Ninguém", de António Capelo/Teatro do Bolhão. Trata-se do primeiro monólogo de António Capelo, com mais de 45 anos de carreira, que questiona sobre o que é ser ator, através da sua vida pessoal.

A 26 e 27 de março vai a cena "Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua Patroa", de Sara Barros Leitão/Cassandra. É uma criação original, escrita, encenada e interpretada por Sara Barros Leitão a partir de um processo de investigação sobre o Serviço Doméstico em Portugal.

Nos dias 1, 2 e 3 de abril, estreia a leitura encenada "Quem matou o meu Pai", de Édouard Louis"/Teatro Nova Europa. O texto relata o reencontro possível entre pai e filho, sob o pano de um cenário de poder político responsável por condenar a uma morte precoce as classes mais baixas da sociedade.

Ainda a 1 e 2 de abril, estreia também "FábulaMãe", de Teresa Arcanjo/Grua Crua. “A conquista de um espaço que quero ter e ocupar no teatro enquanto criadora”, nas palavras da encenadora e atriz do projeto, Teresa Arcanjo.

No dia 8 de abril, é apresentada "Língua de Cão e Litania” por Pedro Frias/Assédio Teatro. Partindo da situação criada pelo primeiro confinamento, em 2020, as ruas desertas e o silêncio ensurdecedor das ruas desertas, Francisco Luís Parreira propõe-nos uma reflexão acerca do homem na sua posição terminal.

A 9 de abril, é apresentado "Um Fio de Jogo", da Narrativensaio-AC. Trata-se de um monólogo com texto de Carlos Tê, que versa sobre o fenómeno do futebol, os seus pequenos mitos que ajudaram à sua implantação planetária como desporto de massas que extravasa a própria condição desportiva.

No fim de cada noite de apresentação, o público terá uma conversa com os atores que protagonizam cada projeto teatral, no sentido de poder conhecer o trabalho, concreto, sobre o texto, a palavra e a sua relação com o corpo (que lhe dá voz), e o processo de construção de cada personagem.

A “Poética da Palavra” propõe ainda três mesas-redondas, sobre: Dramaturgia; Encenação; Teatro e Educação Artística, reunindo nomes como: Luís Mestre; Carlos Costa; Ivo Saraiva e Silva; Jorge Palinhos; João Castro; Sílvia Pinto Ferreira; Magda Henriques; Cristina Carvalhal; Helena Machado; Sílvia Correia; António Capelo; e David Antunes.

A Casa das Artes de Famalicão é membro da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.

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