A Casa das Artes de Famalicão decidiu prolongar a exposição “O Vazio Desenhava desde Sempre — diálogos interartísticos II”, com obras de Constança Araújo Amador, até ao final do mês de julho.
Esta exposição, concebida a partir de poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen, está patente desde o início de maio e deveria encerrar a 30 de junho, mas a direção entendeu que a mesma deveria estender-se até ao encerramento da temporada do teatro municipal.
A exposição reúne obras em série, como exercício intermedial e ecfrástico em espelho: o verso e o seu reverso imagético. Uma forma de invocar a invisibilidade e o lugar imanente, da palavra obstinada à dimensão do olhar, como eco que se abre à atenção sobre as coisas. Do mecanismo da ilustração da poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen, traça-se um círculo contínuo, a poesia desdobra-se e formam-se novos versos, escritos pela artista: derivações e uma vontade de um fazer-se-ser poema contínuo.
O acesso à exposição, patente no foyer da Casa das Artes de Famalicão, é livre e pode ser feito no horário normal do teatro municipal.